"O Dia Em Que Os Outros Achavam Que Nós Eramos Burros"

“O dia em que os outros achavam que nós éramos burros”

Qualquer semelhança com a vida real, pode ser mera coincidência… ou não.
Era uma vez uma Associação honesta, que cumpria com as suas obrigações, respeitava as decisões mesmo que por vezes parecessem injustas, que deixava prestigio e história por onde passava ( sempre pelos melhores motivos), que enchia de orgulho os seus adeptos e sócios.
Essa Associação participava em várias actividades, sempre com a maior responsabilidade, cumprindo com horários e demonstrando sempre a maior abertura para a alteração de datas das actividades que estivessem pré-marcadas, e assim foi por alguns anos.
Esta Associação era rodeada de muitos amigos, o que enchia de orgulho os atletas, passando esses amigos a ser parte da equipa, era como se fizessem parte do plantel, mas nos jogos não eram convocados e então ficavam na bancada a apoiar os companheiros que tinham sido chamados a disputar naquele dia o jogo ou o que fosse.
Estávamos em Novembro de um ano qualquer, e a nossa Associação acordou com a noticia que tinha perdido um desses amigos, noticia triste que abalou muito os nossos atletas, equipa técnica e restantes amigos.
A noticia era triste demais e os sentimentos falavam mais alto, já ninguém se lembrava que nesse dia a equipa tinha mais um jogo e de facto não era nesse momento o mais importante estávamos a viver um dia de profunda tristeza, apesar da nossa equipa nessa altura só ter vitórias no campeonato que disputava os atletas preferiam perder o jogo do que comparecer num jogo onde devia imperar a alegria e o divertimento, mas para nós o dia era de tristeza, no entanto o Presidente da nossa Associação tratou rapidamente de contactar a equipa adversária a explicar o sucedido, e que a nossa equipa não reunia as mínimas condições para realizar essa partida e pediu para adiar, tratou de avisar o órgão máximo que geria essa competição, esse dia passou, a tristeza pela perda do amigo foi ficando, mais nuns que outros, a competição prosseguia e o órgão máximo adiou a decisão sobre se esse jogo ficaria adiado ou o perderíamos por falta de comparência, a nossa Associação perdeu um amigo, mas como tem tantos, fez desta fraqueza mais uma força e a equipa continuou a vencer jogo após jogo, estávamos prestes a chegar ao momento decisivo da competição, a nossa equipa em 1º lugar, quase com a subida de divisão garantida, eis que surge a decisão do órgão máximo, a nossa equipa iria perder o jogo por falta de comparência, sem grande justificação e com alguma dificuldade em percebermos na altura, hoje percebe-se melhor, morrer um amigo, pai do treinador,sócio estimado da Associação que justificação é essa, ainda se fosse uma factura de uma carrinha que estivesse avariada ainda vá lá.
Equipa que é equipa não se deixa abater e no final do campeonato garantiu o 1º lugar, que se pudéssemos trocar por esse nosso amigo que perdemos, não hesitávamos nem por uma vez.
Passados alguns anos, após mais algumas conquistas,numa tarde de chuva, mais uma jornada estava marcada, a nossa equipa sempre com muitas dificuldades, para ter os seus atletas, já que muitos estudavam nas universidades espalhadas pelo País, mas com muito sacrifício deles, lá os conseguíamos reunir para os treinos e para os jogos e nessa tarde não fugia á regra, apesar de estarmos na época da queima das fitas com os nossos jovens com vontade de ficar nas universidades, a verdade é que honraram os seus compromissos e cá estavam para mais um jogo, os nossos atletas começavam o aquecimento para o jogo com antecedencia normal, a equipa de arbitragem apresenta-se para realizar o jogo, a segurança estava garantida já que os elementos da GNR se encontravam nas instalações, a hora do jogo aproxima-se o adversário que nesse dia até por sinal era vizinho ou seja era de perto, ainda não tinham chegado, mas como eram de perto pensávamos que tinham vindo a pé, chega a hora do jogo e adversário nada, espera-se os 30 minutos de lei e nada, espera-se mais 30 minutos que já não eram de lei e nada, aguarda-se mais um pouco já que azares qualquer um pode ter e nada, bem o árbitro considera falta de comparência e vamos todos embora.
O campeonato aproxima-se do fim e o órgão máximo que se rege sempre pela mesma regra, informa a nossa Associação que o jogo tem que se realizar já que o adversário teve uma avaria na carrinha, isto já é uma boa justificação a carrinha avariou, isso sim, agora morrer alguém da Associação estão a brincar ou quê?
No entanto e como isto não passa de um história daquelas tipo 1 de Abril só que não é no dia 1 de Abril, as informações que chegavam á nossa casa eram de que o adversário pensava que o jogo era no dia seguinte por isso é que não compareceram.
Para acabar já que entretanto acordei e não sei o final da história penso que o jogo se iria realizar, se voltar a sonhar com isto e me lembrar do final, eu prometo que volto ao assunto.
Ass.
O Incrédulo

ARCA - Associação Recreio Cultura e Assistência